ORDENAÇÃO ESTOCÁSTICA NA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE ESQUEMAS DE CONTROLO DE QUALIDADE

 

  • Prof. Doutor Manuel Cabral Morais
    Departamento de Matemática/CEMAT — Instituto Superior Técnico
  • FCUL – DEIO – Bloco C/2 – Piso 2 – Sala 2.2.26 – 14:30
  • Quarta-feira, 26 de Fevereiro de 2003
 
 Resumo: A deteção de desvios do estado de controlo estatístico pode ser efetuada através do registo e da observação dos dados naquilo que habitualmente se designa de esquemas de controlo. Subjacente à análise de um esquema, está aquela que é, indiscutivelmente, a mais popular de todas as medidas de desempenho, o “run length” (RL) ou o número de amostras recolhidas até à emissão de um sinal. O conhecimento da respetiva distribuição desempenha um papel preponderante na avaliação do desempenho dos esquemas de controlo para assegurar a qualidade de um processo. Não surpreende pois que nos sintamos compelidos a comparar características que digam respeito aos RLs de tais esquemas, como o “average run length” (ARL) ou as funções de sobrevivência, de taxa de falha ou de taxa de equilíbrio do RL. Ao efectuar uma comparação com o figurino descrito acima está-se, inevitavelmente, a estabelecer uma relação de ordem estocástica entre desempenhos. Uma relação de ordem deste tipo permite avaliar — de um modo qualitativo e mais objetivo — a forma como a capacidade de deteção de um esquema se altera face a modificações nos parâmetros de planeamento ou intrínsecos ao modelo dos dados. É dada especial atenção ao RL de esquemas de controlo do tipo CUSUM e EWMA, sendo esta medida de desempenho encarada como um tempo de primeira passagem associado a uma cadeia de Markov absorvente, logo com distribuição “phase-type”.