- Profª Luísa Canto e Castro Loura – Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, Portugal
- FCUL – Campo Grande – Bloco C6 Piso 4 – Sala: 6.1.27- 15:00h
- Quarta-feira, 20 de Junho de 2018
- Referência Projeto: Projecto FCT: UID/MAT/00006/2013
Na sequência de um estudo sobre as classificações dadas pelos professores do ensino secundário, no final do ano letivo, aos cerca de 50 mil alunos que frequentam cada ano curricular dos Cursos Científico-Humanísticos (CCH) em escolas públicas, constatou-se uma clara semelhança nas respetivas distribuições, por disciplina e por género, tanto ao longo dos três anos curriculares como quando se confrontaram dois anos letivos distintos (2012/13 e 2015/16). Tudo parece passar-se como se, fixada a disciplina, todos os professores que a lecionam tenham um mesmo padrão na atribuição das classificações no final do ano letivo. No caso da Matemática, por exemplo, o número de professores que lecionam nos CCH é, aproximadamente, 5 mil. Não sendo credível assumir que todos adotam um mesmo padrão, independentemente de quão bem preparados estão os alunos que recebem, qual será a possível génese deste fenómeno de regularidade estatística?
Com esta apresentação pretende-se, por um lado, suscitar o interesse pela procura de respostas à questão anterior e, por outro, refletir sobre quais as medidas de divergência entre distribuições que poderão ser as mais adequadas para efeitos de análises comparativas neste contexto específico.